TIM avança sobre a renda dos trabalhadores e muda o plano de saúde

Mesmo diante da negativa dos sindicatos e da Federação Livre, a empresa italiana passará a cobrar a chamada “contributariedade” de seus empregados. A partir de março, será cobrado um valor do titular para cada dependente incluído no plano de saúde.

A decisão não foi uma surpresa, pois a empresa já havia tentado discutir o assunto com os sindicatos na última negociação coletiva, em outubro do ano passado. No entanto, naquela ocasião, não houve avanço devido às dificuldades para a celebração do Acordo Coletivo de 2024. Na última quinta-feira (30/01), durante reunião virtual com a Comissão de Negociações da Federação Livre, a TIM comunicou oficialmente que implementará essa mudança a partir de 1º de março.

“Já naquela oportunidade, e novamente agora, a Comissão da Federação Livre deixou claro para a TIM que é contrária à cobrança de mensalidade dos trabalhadores e trabalhadoras pelo plano de saúde, uma vez que a empresa nunca adotou essa prática desde o início de suas operações no Brasil, em 1998 – mesmo que seja para dependentes”, destacou o coordenador da Comissão, Nilson Hoffmann.

Segundo a empresa, a coparticipação dos empregados permanecerá inalterada, ou seja, continuará sendo um desconto de 20% sobre o salário mensal, conforme negociado em 2024 – antes era de 30%.

Denominada de “contributariedade”, termo que, segundo um site de pesquisa na internet, significa “a participação do colaborador no custo do plano de saúde”, a TIM decretou a mudança. O desconto por dependente seguirá uma tabela: trabalhadores de loja e call center pagarão R$ 20,00 por dependente, enquanto os administrativos pagarão R$ 95,00. Em qualquer situação, o desconto será limitado a 3% do salário, independentemente da quantidade de dependentes do trabalhador.

Na avaliação da Comissão da Federação Livre, a decisão da TIM não é bem-vinda, pois compromete a renda dos trabalhadores. Isso porque qualquer forma de onerar ainda mais os empregados não conta com o aval dos sindicatos. “Essa cobrança é responsabilidade exclusiva da TIM, e não concordamos com ela”, enfatizou o presidente da Federação Livre, Luiz Antônio Silva.

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