Em um momento histórico difícil para o país, em que a ofensiva de setores ultraliberais e reacionários, após o golpe de 2016, se desdobrou no governo Temer e suas medidas antipopulares e de ataque aos direitos trabalhistas e sociais, na prisão injusta do presidente Lula e na eleição de um candidato alinhado com os setores imperialistas, rentistas e entreguistas, nasce uma nova federação de trabalhadores em telecom: uma entidade forte, independente, classista, socialista e democrática.
LIVRE é o nome da nova federação, que se estrutura para se contrapor aos velhos e ultrapassados modelos sindicais. A cidade do Rio de Janeiro foi o cenário escolhido para a reunião que compôs a diretoria provisória da LIVRE, que representará milhares de trabalhadores e trabalhadoras do Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rondônia.

Homenagem dos trabalhadores para os companheiros mortos pela COVID – 2020
“Uma federação de verdade. Com participação efetiva dos trabalhadores e seus sindicatos. Com uma gestão moderna e democrática. Com democracia nas finanças. Com liberdade de pensamento e de expressão. Com rapidez na comunicação. Com liberdade de crítica. Com total independência em relação às empresas e aos governos”, assim definiu o secretário-geral Marcelo Beltrão (Sinttel-PE).
Muitos desafios terão que ser enfrentados pela LIVRE. Hoje, o Brasil vive sob um projeto de poder obscuro, conservador e de extrema-direita, autoritário, que ataca os pobres, os trabalhadores, as mulheres, os negros e as pessoas LGBTQIA+. Tais ataques também revelam traços fascistas em todos os segmentos da sociedade brasileira, frutos de um cruel passado escravocrata, que ainda produz enormes e inaceitáveis desigualdades, privilégios e violências tão presentes.
A Reforma Trabalhista só fez aumentar o número de desempregados, retirou direitos, precarizou os empregos, diminuindo salários e a renda da maioria do povo. Aprovaram a PEC-95, que congelou, por 20 anos, os recursos para a educação, assistência e saúde, liberando dinheiro para o pagamento da dívida pública. O resultado é o desmonte da educação pública e a piora no atendimento à saúde. Entregaram a Petrobras, desregulamentaram o pré-sal, asfixiaram a indústria nacional, desempregando milhares de pessoas.